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Intromissões

Por conta de nossa pequenez em relação ao desconhecido, acreditamos por vezes que podemos interferir nos processos de vida de outros.

As interferências através de palpites, conselhos, falas imperativas, e outros modos de intercessão, só podem ser feitas com a solicitação e permissão dos envolvidos e ainda assim, é necessário avaliar se estamos em condições para prestar esta interferência.

Em nome de crenças e sentimentos que nem sempre são nossos, nos sentimos no dever de ajudar as pessoas e quase sempre esquecemos de nos perguntar:

– a pessoa pediu ajuda?
– você quer ajudar?
– você pode ajudar?

É importante que saibamos que interferências na vida dos outros podem trazer a quem interfere, ônus e bônus.
Quando paramos de olhar para as nossas próprias vidas e nos dedicamos a olhar a vida de outros, por mais bem intencionados que estejamos, estamos lidando com um fio tênue, um lugar bastante delicado.
Segundo a visão sistêmica, conhecer nosso lugar nos relacionamentos – na família, relacionamentos amorosos, no trabalho, dentro da hierarquia da empresa ao qual somos funcionários, amigos, social, com nossos vizinhos, expandindo para a sociedade como um todo, nos traz leveza e também lucidez em nossas possíveis interferências na vida de outros.
Todos nós temos a tendência a intromissões em processos que não são nossos.
Esquecemos que cada um de nós, tem sua própria vida para viver.

Isso não quer dizer que não podemos ser solidários aos nossos familiares, parceiros amorosos, amigos, colegas de trabalho, vizinhos e com as coisas que acontecem dentro da sociedade ao qual pertencemos.
Podemos ser solidários na escuta, no abraço, no simplesmente estar ao lado e também na necessidade do outro em ficar sozinho.
Há muitas maneiras de contribuirmos com outros sem interferir na vida deles.

Deixo perguntas que podemos ou não, de vez em quando nos fazer:

Eu tenho o impulso de querer interferir na vida dos outros?
De que maneira eu me intrometo em assuntos que não me dizem respeito?
A vida alheia é mais interessante do que a minha?
O que está oculto em mim que me impulsiona a querer interferir na vida alheia?

As respostas podem ser surpreendentes.


Elaine Leal Carvalho
Terapeuta e Consteladora Familiar

Sobre

Elaine Carvalho

Meu nome é Elaine. Sou filha de Francisco e Maria.

Resido e trabalho na cidade de São Paulo – Brasil, com atendimentos em Constelação Familiar e Terapia com Abordagem Transpessoal. São atendimentos distintos.

Faz 30 anos que iniciei minha jornada no autoconhecimento com diversas formações terapêuticas em variadas linhas da transpessoalidade.

As artes estão neste caminho que segui. Minha formação no Teatro me encaminhou ao autoconhecimento.

E sigo nesta jornada até quando me for permitido.

Formação:

• Curso Guidework com base nos ensinamentos do Pathwork Eva Pierrakos e John Pierrakos
• Curso Crescendo com Nossos Relacionamentos segundo a visão sistêmica
• Seminário Leis Básicas dos Relacionamentos Humanos Aplicados aos Negócios com Bert Hellinger
• Graduação no Curso Tecnologia em Eventos
• Formação em Constelações Familiares. Formação Avançada em Constelações Familiares e Empresariais. Curso História do Brasil abordagem Sistêmico-Fenomenológica.
• Curso Fitoterapia Indígena e Medicina da Floresta
• Terapia Brevíssima – Espaço da Espiritualidade Independente
• Curso PNLF abordagem sistêmico-fenomenológica
• Pós-graduação em Psicologia com Abordagem Transpessoal

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